Relembre os uniformes da Copa do Mundo 2014 no Brasil

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A Copa do Mundo de 2014, 19ª edição do torneio, foi a segunda a ser disputada no Brasil, 64 anos após a primeira, que teve o Uruguai como campeão.

Foi nesta Copa que a Burrda fez sua estreia, aparecendo pela primeira vez na camisa da Seleção Belga. A Legea quase apareceu também, porém pouco tempo antes da competição, a Bósnia fechou com a Adidas. Inclusive, a edição marcou a estreia da ex-república iugoslava em Copas.

Nunca a rede balançou tanto em uma primeira rodada de Copa do Mundo: foram 49 gols, uma média de 3,06 gols por partida, a maior desde 1958. Pela primeira vez na história das Copas, três campeões mundiais (Espanha, Itália e Inglaterra) foram eliminados na primeira fase do Mundial. Apenas seis europeus (Alemanha, Holanda, França, Grécia, Suíça e Bélgica) avançaram para as oitavas-de-final. Foi a menor participação europeia desde que esse modelo foi adotado pelo Mundial da FIFA, em 1986.

Foi nesta Copa também que Miroslav Klose se tornou o maior artilheiro de todas as edições, ao marcar seu 16º gol no 7×1 da Alemanha em cima do Brasil. Esse resultado, inclusive, foi o pior da Seleção Canarinho em todos os tempos. A Alemanha acabou campeã, se tornando a primeira seleção europeia a vencer em solo americano.

A campeã Alemanha

A Alemanha chegou ao Brasil como a maior candidata ao título, junto da dona da casa, muito pelo que fez quatro anos antes, na África do Sul, quando terminou na terceira posição, mas foi considerada por muitos a melhor seleção do torneio.

Com um elenco recheado de grandes craques do futebol mundial, com muitos remanescentes da equipe que jogou na África, e tendo como base a equipe do Bayern de Munique campeã europeia no ano anterior, a Alemanha não tinha um grande expoente, tendo a coletividade como principal diferencial.

Além do título, a grande expectativa da seleção era que Miroslav Klose marcasse pelo menos dois gols na Copa, para ultrapassar Ronaldo e se tornar o maior artilheiro de todas as edições.

Na fase de grupos, os alemães tiveram certa facilidade para terminar na primeira colocação. Na primeira partida, vitória tranquila por 4×0 sobre Portugal, com hat-trick de Thomas Muller. Na segunda, o jogo mais complicado na primeira fase. Após estar perdendo por 2×1 para Gana, Klose marcou o gol de empate por 2×2 e também empatou com Ronaldo na história das Copas com 15 gols. Para finalizar o grupo, os alemães venceram por 1×0 os Estados Unidos, novamente com gol de Muller.

As oitavas de final reservaram um jogo muito difícil contra a Argélia. Após empate em 0x0 no tempo normal, Schurrle e Ozil marcaram 2×0 com muita dificuldade na prorrogação, graças a uma atuação brilhante do goleiro M’Bolhi. Djabou diminuiu aos 120 minutos, mas não havia mais tempo. Nas quartas, outro jogo duríssimo, dessa vez contra a França, que era a sensação até aquele momento. Hummels abriu o placar aos 13 minutos e ficou nisso.

Aí vieram as semi-finais e a Seleção Brasileira. O resultado todos sabemos né? 7×1, sendo 5×0 no primeiro tempo. Klose marcando o segundo gol e ultrapassando Ronaldo, Khedira tabelando na área brasileira, Schurrle marcando dois golaços…

A final marcou o encontro de duas seleções que já haviam decidido duas Copas do Mundo, em 1986 e 1990, com uma vitória para cada. Argentina e Alemanha fizeram o desempate no Brasil, com toda a torcida canarinho, ou quase toda, torcendo pelos europeus. Após um 0x0 muito equilibrado e com boas chances desperdiçadas pelos argentinos, coube ao reserva Mario Gotze marcar na prorrogação e decretar o tetracampeonato alemão.

Seleção Brasileira

O Brasil chegou a Copa com muita expectativa. Além de jogar em casa, vinha de título na Copa das Confederações sobre a Espanha com goleada, o que deixou muita gente confiante. Tinha também Neymar voando no Barcelona e Marcelo, que havia acabado de ser campeão europeu com o Real Madrid. A comissão técnica não disfarçava que estava confiante, nem a imprensa, que chegou a chamar a seleção canarinho de “favoritaço”.

Mas o primeiro golpe de realidade veio com 11 minutos de Copa, quando Marcelo marcou um gol contra, o primeiro da Seleção Brasileira em Copas. Neymar empatou alguns minutos depois e a virada veio novamente com o camisa 10, de pênalti, após Fred se jogar na área. Oscar completou no último minuto a vitória. O segundo jogo mostrou que talvez a Seleção não era aquele bicho-papão todo. Empate em 0x0 contra o México, com atuação de gala do goleiro Ochoa. Coube a Camarões, já eliminada e numa crise danada, enfrentar o Brasil na última rodada. A esperada goleada veio com um 4×1, gols de Neymar, duas vezes, Fred e Fernandinho.

Chegou o mata-mata e logo um susto. Nas oitavas, o Brasil saiu na frente contra o Chile com gol de David Luiz, mas tomou o empate minutos após, com Sanchez. A eliminação bateu na trave, literalmente, quando Pinilla acertou o travessão de Júlio César aos 120 minutos, na prorrogação. O goleiro brasileiro teve seu grande momento na Copa naquela disputa de pênaltis, defendendo as cobranças de Pinilla e Sanchez e contando com o erro de Jara, para que o Brasil vencesse por 3×2.

Nas quartas, o Brasil encarou a Colômbia, de James Rodriguez, e saiu na frente logo no começo, com gol de Thiago Silva. David Luiz marcou, de falta, o segundo no segundo tempo e logo depois o camisa 10 colombiano diminuiu de pênalti, chegando a seu 6º gol naquela edição, tornando-se artilheiro da mesma. Porém, a vitória trouxe também uma grande preocupação: Neymar havia se lesionado após entrada dura de Zuniga e estava fora da Copa.

A semifinal marcou o episódio mais triste da Seleção Brasileira. Com Mineirão lotado, sem Neymar, a Seleção sucumbiu perante os alemães, tomando o famoso 7×1, lembrado até hoje. O resultado abalou a equipe e a torcida e na disputa de 3º lugar, nova goleada sofrida, desta vez 3×0 para a Holanda.

Fornecedoras das camisas da Copa 2014

Os uniformes da Copa do Mundo 2014 foram feitos por oito fornecedoras diferentes. A Nike foi a mais representada, com 10 seleções: Brasil, Austrália, Coreia do Sul, Croácia, Estados Unidos, França, Grécia, Holanda, Inglaterra e Portugal.

A Adidas foi a segunda marca com mais representantes. As três listras apareciam nos uniformes da Alemanha, Argentina, Bósnia, Colômbia, Espanha, Japão, México, Nigéria e Rússia.

A terceira marca com mais presença na Copa do Brasil foi a alemã PUMA, que contava com oito seleções: Argélia, Camarões, Chile, Costa do Marfim, Gana, Itália, Suíça e Uruguai.

O restante das fornecedoras presentes naquela edição possuíam apenas uma seleção cada. A Burrda apareceu nas camisas do Bélgica, Joma vestiu Honduras, a Lotto forneceu os uniformes da surpreendente Costa Rica, Equador vestiu camisas da Marathon, uma das maiores parcerias até hoje, e por fim a Uhlsport vestiu o Irã.